Tive que aprender a andar na fé e me libertar dos laços malignos. Descobri que se Cristo nos libertar, verdadeiramente seremos livres.Foi um aprendizado árduo e dolorido, porque tive que enfrentar a fúria do mal que investiu pesado contra mim, quando decidi seguir Jesus. A porta que eu encontrei aberta foi a Igreja Universal do Reino de Deus.
Estava desiludida, vivia sem motivação, embora a responsabilidade de ser mãe me compelisse a enfrentar as barreiras do cotidiano. Mas por dentro havia um enorme vazio que não era preenchido por nada. Para mim, que na juventude havia tentado suicídio duas vezes, viver era uma sucessão de dias enfadonhos. Não tinha prazer nem de pentear o cabelo.
Os amigos tentavam me passar força e eu os prezo muito por isto. Chico Flores era como se fosse um pai, foi quem me ajudou a voltar para a redação, em 1997, quando voltei a trabalhar na Gazeta. Tinha muita gente torcendo por mim, Tião Barbosa, Ely Edson, Rubens Gomes, Paulo Maia, Serginho Egito, Lena Mara, Nelsa Amaral, Sandra Aguiar, Suely Lievore, Marisa Sampaio, Rita Bridi, Denise Zandonadi, Tânia Boechat, Sirlene Juffo e tantos outros.
Mas o que estava dentro de mim não me deixaba ir adiante. Lembro que antes de voltar a trabalhar a minha capacidade de escrever tinha se acabado. Era um enorme branco, até Deus restaurar a minha vocação. Comecei a fazer reportagens, ia para a rua entrevistar uma penca de pessoas e voltar para a redação e escrever. Ritmo frenético, a ponto de escrever uma página no intervalo de um dia e meio,para a série Cenas Capixabas. Estava feliz, havia retomado o pique de redação.
Estava animada, mas as forças malignas não queriam que eu progredisse, para alcançar a realização profissional. Tive que me agarrar com unhas e dentes na minha fé para voltar ao mercado de trabalho. Filho pequeno, sem sempre tinha com com deixar, quando a babá faltava. Vieram as incompatibilidades, e em seguida a separação com a pessoa com quem convivi por um período de nove anos, desde 1987.
Era começar do zero. Correr para recuperar o tempo perdido. Havia me afastado das pessoas, quase não conhecia ninguém, a não ser os velhos amigos, que me deram apoio. Comecei a fazer freela e tocar minha vida sozinha. Meu filho já estava com dez anos e ficava em casa, enquanto eu ia trabalhar.
Nessa época eu estava dando os primeiros passos para a libertação, e experimentei a fúria do mal, que usou a pessoa com quem convivia para me espancar, por um período de quase cinco meses, até eu conseguir uma liminar na justiça, que me deixou a salvo dos hematomas, socos, pontapés, roupa queimada no meu próprio corpo, cabelo cortado com faca, e ameaças de morte, com uma faca direcionada para o meu pescoço.Passava as noites acordada, fugindo dos espancamentos. Era como se estivesse dormindo com o inimigo.
Mas eu estava decidida a seguir Jesus e deixar de viver uma vida de adultério (é assim que se considera a vida conjugal dos que não são casados legalmente). O meu ex-companheiro chegou a pedir de joelhos que eu viesse para a igreja. Mas eu já estava decidida e a fúria era redobrada.
Aprendi muito nessa época, porque embora a pessoa com quem eu convivia não tivesse culpa, a nossa união tinha sido feita mediante um pacto com os espíritos, com a ajuda de uma pessoa que administrava um centro. Eu havia feito oferendas para afastá-lo da esposa e fazê-lo vir para mim.
Felizmente, depois de todas as barreiras, conseguimos superar os problemas e hoje existe apenas amizade. Ele mora na casa do filho mais velho, e torço para que ele volte ao convívio de sua antiga família, já que meu filho tem dois irmãos por parte de pai, os quais são muito amigos.
Fui liberta do jugo de 70 mil demônios, que quase haviam destruído minha vida sentimental, minha saúde, e investiam pesado para impedir que eu voltasse a plena atividade profissional.
Capacidade de trabalho - Deus é poderoso e eu recuperei a minha capacidade de trabalho. Rapidamente peguei o fio da meada e as experiências anteriores me ajudavam a me situar no contexto. Se antes eu não conseguia escrever uma linha, depois eu estava voltando a ter fluidez no texto. Posso dizer que Deus ampliou a minha visão profissional.
Sempre gostei de ler, desde os tempos de ginásio em Olinda, quando aproveitava as horas vagas para ir à biblioteca. Não gosto que me chamem de intelectual, porque as pessoas o usam como termo pejorativo, para nos rotular como pedante.
Até porque o fato de uma pessoa gostar de ler ou escrever não a transforma em uma pessoa soberba. Não gosto de estereótipos nem rótulos. Durante um período, quando meu filho era pequeno, eu não tinha tanto tempo para ler. Foi um período que morei na roça, numa fazenda, e aprendi a gostar das pessoas simples, iletradas, mas que eram capaz de transmitir amor por meio de um sorriso sincero.
Sou fruto disso, minha vó me criou assim. Ela não sabia ler nem escrever, mal assinava o nome. Da família fui a única que conseguiu estudar. Mas a minha vó me ensinou a respeitar o meu semelhante e não tripudiar das situações adversas dos outros.
Não gosto de tirar vantagem sobre ninguém, nem privilegios que resultem em danos a vida de outrem. Era a neta mais velha, cercada de certos privilegios, embora a minha família fosse de origem humilde. Tinha o resto da família que eu amava e ainda os amo, muito embora estejam em Pernambuco.
Prefiro nutrir um sentimento igualitário em relação aos outros, muito embora o fato de eu ter que enfrentar os obstáculos sozinha, e ser filha única, me confira um ar "soy distant".
Valorizar a palavra - Aprendi a valorizar cada palavra pregada no altar. Para mim que não conhecia nada da Bíblia, tudo era novidade. Até hoje me lembro de quase todas as pregações dos pastores e como elas foram importantes no meu processo de libertação.
Eu era depressiva. Bebia muito e começava a chorar. Sentia desejo de morte, e achava que a vida não tinha sentido. A primeira coisa que Deus me tirou foi a angústia e a ansiedade e isso me tirou um peso da alma. Depois fui apreendendo a ter confiança.
A leitura diária da Bíblia me dá equilíbrio e força para crer que a minha vida, nos aspectos profissional, familiar e sentimental, está sendo restaurada por Deus. Uma das pregações que marcou a minha vida foi quando o pastor Ronaldo Gonçalves falou: ninguém faz jejum ao Espírito Santo. Eu olhei e pensei: pois eu vou fazer. Desde então o Espírito Santo é meu principal amigo, aliado e intercessor. Mesmo cheia de falhas procuro fazer de tudo para não entristecê-lo.
O Espírito Santo é a maior dádiva de Deus, é o nosso Consolador, e terceira pessoa da Santíssima Trindade. Depois que recebi o batismo com o Espírito Santo muita coisa mudou, me senti forte para recomeçar a minha vida. O Espírito Santo me ensinou as coisas que eu não entendia. Ler e entender a bíblia foi como reapreender a viver. Todas as leituras que estava acostumada não me transmitiam o sentimento de paz e poder que emana da palavra de Deus. O apóstolo Paulo diz que a palavra de Deus é demostração de força e poder.
Importante relatar que esta vitória foi obtida após a minha primeira Fogueira Santa de Israel, da qual participei. Antes eu vivia oprimida e subjulgada. Agora sou feliz.
Consciencia importante - Quando faço este relato, tenho a consciencia de de destacar que Deus ama o pecador e odeia o pecado. Por isto minha libertação do adultério, embora tenha sido tumultuada, eu não tenho a intenção de acusar ninguém. As violências e espancamentos que sofri foram geradas não pela vontade da pessoa com a qual eu convivi, mas por uma força maligna que alimentava aquele relacionamento.
A demostração do poder do Espírito Santo na minha vida é que o mal não o usou mais para me perseguir. O meu desejo é que ele tenha um encontro com Deus e que se liberte para poder se reconciliar com sua esposa verdadeira ( ele nunca se divorciou). Ele é um bom profissional e uma pessoa honesta, além de ser um bom pai.
Mercado de Trabalho - Depois desta libertação trava-se outra guerra. Vencer profissionalmente e recuperar meu espaço. Deus tem sido misericordioso. Encontrei bons amigos, que Deus colocou no meu caminho. O pastor Carlos Alberto me incentivou muito, além dos colegas da Gazeta (já citados).
Albene foi muito importante. Bete Rodrigues também. Foi com elas que aprendi a trabalhar em assessoria de imprensa com foco voltado para política, depois fui "estagiar" na Prefeitura de Vila Velha, com os Maxs. Fui trabalhar no casarão e aprendi que não se faz assessoria política sem uma bagagem histórica, obtida por meio de muita pesquisa. Deus é tão bom que me deu oportunidade de mergulhar em arquivos e mais arquivos de recortes de jornais. Ai eu pude recuperar o tempo perdido.
Até parece coisa de Proust e sua "Busca do Tempo Perdido", mas eu digo que é Deus que nos leva por caminhos para que possamos ser capacitados, dando-nos idéias e condições favoráveis para desenvolvê-las.
Deus é Grande - Deus é do tamanho que o vemos. Para mim isto é primordial. Lembro que a pessoa que administrava um centro que eu frequentava me fez passar até uma procuração para receber o meu salário.
Levava quase todo o meu salário com rituais nas matas, nas praias e nos cemitérios.
Pasmem, mas eu era atormentada mesmo. Até perdoo as pessoas que naquela época se afastaram de mim. Ela faria oferendas para me "ajudar" mas os meus caminhos estavam fechados. Por isto, depois que me converti ao Senhor Jesus sei que ele tem coisas grandes na minha vida. É assim que o vejo, como Deus Excelso, Senhor dos Exércitos!
Sei que a fidelidade manifestada no altar vai me conduzir a uma recuperação plena da minha vida. Isso é possível quando se é dizimista e ofertante. Os votos feitos no altar são a chave para que Deus abra as janelas dos céus e derrame bênçãos sem medida. Existem também os votos particulares que o fazemos com Deus.
Eu tenho um de suma importância: ganhar almas para o Reino de Deus. E tenho depositado no a altar as minhas ofertas em prol deste voto. Sinto um enorme desejo de ver as pessoas livres do sofrimento, pois sei o mal que a falta de Deus pode causar numa pessoa.
Enquanto tiver forças vou direcionar minhas orações para libertar as pessoas do desejo de morte, do suicídio, das drogas, do satanismo, do homossexualismo, e ver a vida de todas as pessoas plenas e com a luz de Deus.
Sei que Deus irá me capacitar para falar com cada um deles, porque a Bíblia diz que as nossas palavras devem ser temperadas com sal para podernmos saber o que falar a cada um. Amo a todos e que Deus me dê sabedoria!!
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