segunda-feira, 26 de abril de 2010

Evangelismo e Comunicação



Jesus não tinha megafone (ainda não havia sido inventado), mas utilizava os recursos naturais para propagar a sua fala. Situava-se à beira da praia para que a brisa do mar levasse suas palavras aos que o seguiam. Já Pedro reforçou a sua força evangelística com a imagem, sua sombra curava, demostrando o poder da sua unção com o contraste de luz e sombra. Paulo se converteu e parou de perseguir os cristãos ao ouvir uma voz, que perguntava, por que me persegues? Já os reis magos receberam uma mensagem visual, com a estrela de Belém, anunciando o nascimento do menino Jesus.

Estas formas de comunicação, que face a complexidade dos meios de comunicação moderno parecem ser tão rudimentares, demonstram a importância da comunicação de massas para a propagação do evangelho. A falta da comunicação adequada pode gerar um dano quase irreversível para o Reino de Deus se manifestar na vida do homem.

Exemplo disso foi o suborno dos fariseus para os guardas que ficavam à porta do sepulcro de Jesus, para que não testificaram da sua ressurreição, a fim de dar a impressão de que o seu corpo fora roubado. Jesus ressuscitou e reapareceu três vezes para os discípulos, mas os judeus foram privados dessa boa nova, e por conta desse "engano" até hoje os judeus aguardam a volta do messias.

Não fosse a misericórdia de Deus, os judeus jamais alcançariam a salvação. Mas Jesus promete que na sua volta, quando a sua igreja estiver para ser arrebatada, os judeus irão se lembrar do fato e vão se converter.

Obstáculos e perseguições aos agentes de propagação do evangelho sempre existiram, desde os tempos remotos do profeta Daniel que foi jogado na cova dos leões, do apóstolo Paulo, que sofreu açoites por causa da intrepidez de suas pregações, João Batista que foi decapitado e Pedro que foi crucificado de cabeça para baixo.

As formas de organização da sociedade foram evoluindo, e os códigos foram sendo aperfeiçoados para garantir a liberdade de culto. Assim como a luta pela redemocratização do País produziu seus mártires nos porões da ditadura militar, a divulgação do evangelho vem sendo, muitas vezes, obstaculadas por pessoas ou grupos políticos que se colocam contrários ao direcionamento de Deus.

A luta renhida vem desde Império Romano, quando Herodes se contrapôs a difusão da palavra de Deus, editando decreto para a morte de todas as crianças do sexo masculino, com o objetivo de impedir que Jesus viesse a nascer e implementar o Cristianismo.

Depois de sua crucificação, quando ficou revelada a todos, verdadeiramente, que ele era filho de Deus, os discípulos sofreram perseguições, sendo impedidos de pregar, presos e açoitados. A igreja romana deu a sua contribuição com a Inquisição (veja vídeo no link http://www.youtube.com/watch?v=Fq6dqm4p63Y), quando os cristãos foram queimados , sob a acusação de prática de feitiçaria.

Não obstante, o espírito do anticristo deu vida a uma das mais crueis perseguições aos judens, com a ascensão de Hitler ao poder, instituindo o nazismo, sob o patrocínio dos sacerdotes católicos. Temos a pior mancha na história da humanidade com o holocausto de mais de 70 mil doentes mentais. A história pode ser vista no documentário Arquitetura da Destruição, com a direção de Peter Cohen. O documentário pode ser visto no link http://www.youtube.com/watch?v=vS9GA0kjBOo.

Importante observar como as elites sociais contribuíram para o propósito de Hitler, com a co-autoria de médicos uniformizados, que davam legitimidade a prática da eutanásia dos judeus, e o uso maciço dos filmes de propaganda nazista, gerando a histeria genocida do Terceiro Reich.

Nos tempos modernos, a elite política e intelectual tem investido contra a expansão do evangelho. Hoje não temos mais os cavalos de bronze nos quais os cristãos eram cozidos vivos, mas a sociedade tem desenvolvido formas sutis, com a edição de leis como a criação do Plano Nacional de Proteção a Liberdade Religiosa, que poderá se tornar uma espécie de "lei da mordaça para pastores evangélicos".

Novamente os meios de comunicação tem um papel fundamental. Embora uma corrente evangélica afirme que televisão é coisa do mundo - mas ouve radio que é na verdade outro segmento da comunicação- devemos ressaltar que o esclarecimento dos cristãos acerca das decisões tomadas ao seu respeito podem influenciar na liberdade de culto.

Vemos então que a comunicação é peça fundamental para a difusão das verdades bíblicas que devem ser apoiadas por todas as denominações. O que seria hoje do Evangelho se não houvessem as rádios e as tevês. Quem iria ouvir a pregação de um bispo ou pastor, ainda que ele se matasse de gritar do alto da Serra da Mantiqueira ou do cume do Everest. Não ecoaria para lugar nenhum, ganharia no máximo uma rouquidão.

Estamos em franco crescimento, já que estima-se que a metade dos brasileiros será evangélica até 2020, conforme pesquisa do Serviço de Evangelização para a América Latina, organização protestante de estudos teológicos. Por isso o cristão deve tomar posição em defesa dos direitos adquiridos, sendo reconhecido como um contingente representativo da sociedade brasileira.

Prova disso é que nosso potencial de decisão e de consumo está na mira dos comerciantes, das gravadoras, e até a Rede Globo corre atrás do dinheiro evangélico, embora se posicione contra a sua fé com produções caricatas como a minissérie O Pai Ó, e a perseguição contra a concentração dos evangélicos, no “Dia D”, no último dia 21 na Praia de Botafogo no Rio, assim como em todo Brasil. E o carnaval, e os grandes shows de rock, nos quais milhares de jovens encontram o caminho das drogas e a prostituição não contam?

Estamos num ano eleitoral e muitas armadilhas podem estar sendo preparadas. Candidatos que de ovelhas podem ter somente as penas.... não é mesmo? Nenhum marqueteiro político que se preze não teria na ponta da língua uma estratégia para o evangélico, com frases de efeito e um discurso prontinho.

É preciso haver compromisso e mobilização. Política é coisa de cristão consciente. Não é a toa que o faraó, nos tempos da escravidão do povo hebreu, tinha tanto medo do poder de mobilização do cristão que mandava dobrar a sua carga horária de trabalho. Era a mesma quantidade de tijolo, mas tinha também que cortar a palha. Uja!!!

Se liga cristão!!! Política é cidadania e a defesa dos direitos adquiridos. Televisão não é só para passar novela, nem rádio é apenas para ouvir música. Comunicação é um direito social garantido pela Constituição Cidadã, aquela que foi conduzida com maestria por um dos maiores exponentes da democracia: Ulisses Guimarães.

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