quarta-feira, 28 de abril de 2010

O testemunho e a boa consciência

Provocação e deboche são armas letais para destruir a fé, a auto estima e a confiança de uma pessoa. Expor alguém ao ridículo, ou evidenciar suas falhas, bem como provocar dissensões entre irmãos é considerada abominação aos olhos de Deus.

Frequentemente estamos sujeitos a julgamentos alheios e isso é inevitável. Nem mesmo Jesus Cristo ficou imune às alfinetadas dos que não compreendiam as suas atitudes e sua pregação, e até mesmo no último instante de sua morte, quando estava sendo crucificado junto com dois ladrões, um à sua direita outro à esquerda.

O da direita provocava: “Se és filho de Deus salva-te a ti mesmo”, vociferava, como última cartada para impedir que as escrituras se cumprissem e que Jesus fosse crucificado, vencendo assim o diabo e concedendo ao homem o maior benefício espiritual outorgado por Deus: a salvação da alma.

A prova de que tal comportamento desagrada a Deus é que aquele que estava à sua esquerda foi salvo, enquanto o da direita sofreu severa repreensão e perdeu a oportunidade de entrar no Reino de Deus.

Este é o exemplo mais patente de que as dissensões e provocações servem para atrapalhar o crescimento espiritual do homem. A palavra de Deus é bem clara a este respeito.

Confira em Lucas 23:39-43:

39 -  E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.
40 - Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?
41- E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.
42 - E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.
43 - E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.

São inúmeras as passagens da Bíblia que remetem ao mesmo cenário e os casos de Agar e Penina, duas mulheres que debochavam de Sara e de Ana, respectivamente,devido a sua esterilidade. Tal comportamento desagradou tanto a Deus que Agar não conseguiu repassar a herança a seu filho Ismael, embora ele também fosse filho de Abraão, e Penina foi testemunha de como Deus foi benigno com Ana, gerando no seu ventre o profeta Samuel, homem de grande autoridade que ungiu Davi rei de Israel.

Por outro lado, são recomendadas a sobriedade e a temperança, dois comportamentos que atestam os frutos do Espírito Santo, que são domínio próprio, benignidade, mansidão, bondade, alegria e fidelidade.

O próprio senhor Jesus deixou-nos um exemplo disso, ao condenar a atitude violenta de Pedro que para defender Jesus, na hora de sua prisão, cortou a orelha do soldado romano. Jesus não só reprovou o seu gesto como o admoestou acerca da repercussão que o ato suscitaria, dando margem para a interpretação de que Jesus e seus discípulos eram agressivos e violentos.

Interessante observar que o mesmo Pedro carnal que cortou a orelha do soldado,  sofreu profunda transformação do seu caráter depois da morte de Jesus, quando recebeu o Espírito Santo. Pergunta ele em 1 Pedro 3:13: “Ora quem vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom?

E mais adiante, no versículo 6: "Fazendo-o, todavia, com mansidão e temos, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo”.

Portanto, nosso esforço deve se concentrar em alcançar a salvação e permanecer nela, porque o Reino de Deus não é conquistado nem por força nem violência, mas por esforço, pelo bom testemunho de Deus e de sua gloriosa vontade em nossa vida.




“A morte e a vida estão no poder da língua e quem cuida dela comerá os seus frutos.” (Provérbios 18:21,22)

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